Duarte Gomes escreve sobre as leis do jogo. Lei 10


Primeiro, o nome: Lei 10, Determinação do Resultado de Um Jogo

Nesta regra, exploram-se as várias formas legais de determinar o vencedor de uma partida de futebol.

Particular destaque hoje para o que de mais relevante há para saber sobre os pontapés da marca de penálti.

Primeiro, falemos do golo: ele é marcado sempre que a bola transpõe (totalmente) a linha de baliza, entre os postes e por baixo da barra. Simples, certo?

Mas um golo só é válido se nenhuma infração for antes cometida pela equipa que o marcou. Obviamente.

Falemos agora da equipa vencedora.

Essa será sempre aquela que marcar mais golos do que o adversário. Se ambas marcarem o mesmo número de golos, o jogo termina empatado. E quando isso acontece, o jogo termina... ou não.

Se o regulamento de competições exigir que haja um vencedor (após um jogo ou após as duas mãos de uma eliminatória), os procedimentos de empate que a lei prevê são os seguintes:
1. Regra dos golos marcados fora;
2. Prolongamento;
3. Pontapés da marca de penálti.


Foquemo-nos apenas nos pontapés de penálti.

A escolha da baliza onde serão realizados dá-se por meio de um sorteio com moeda ao ar (a menos que questões de segurança ou o facto de uma das balizas/terreno ficarem inutilizáveis obrigue à escolha direta).

Depois desse sorteio, dá-se um outro: aquele que define qual a equipa que executa ou defende o primeiro pontapé (quem vencer o sorteio, escolhe).

Mais pormenores importantes:
  • Só estão habilitados a executar os pontapés os jogadores que estiverem no terreno no final do jogo (à exceção do GR lesionado que seja substituído ou dos jogadores de campo que estejam, momentaneamente, a receber assistência médica no exterior);
  • O árbitro não tem que ser informado da ordem (ou número) dos jogadores vão executar os pontapés;
  • Caso o jogo tenha terminado com uma das equipas com jogadores a mais do que a outra (por exemplo, se houver atletas expulsos), essa equipa deve reduzir o seu número de jogadores até ficar igual à adversária: a ideia é que, quando os pontapés forem batidos, ambas estejam numericamente em igualdade de circunstâncias.
Durante a execução, o que é importa saber?
a) Que todos os jogadores (menos o executante e os dois GR) devem estar no círculo central. E todos os outros atletas, fora do terreno de jogo.
b) Que qualquer jogador habilitado pode trocar de lugar com o seu GR.
c) Que o árbitro toma nota de todos os pontapés executados.
d) E que o GR, colega do executante, deve permanecer fora da área de penálti, sobre a linha de baliza, junto da intersecção desta com a linha da área de penálti.

Outros pormenores relevantes

Já sabemos que cada equipa executa, alternadamente, cinco pontapés. A que marcar mais golos, vence o jogo.
Caso continuem empatadas, a execução prossegue até que uma tenha marcado mais um golo do que a outra (com o mesmo número de tentativas).
Só depois de todos os jogadores (incluindo GR) terem executado os pontapés, é que o primeiro jogador o pode repetir.
Alteração desta época: os pontapés não podem ser atrasados pelo facto de um dos executantes habilitados sair do terreno de jogo (por exemplo, para receber assistência). Aí o seu pontapé seria considerado como anulado / não executado.

Substituições e expulsões nesse processo:
  • Qualquer jogador pode ser advertido ou expulso na marcação de penáltis para achar vencedor (titular ou suplente);
  • Um GR expulso pode ser substituído por um colega habilitado;
  • Um jogador de campo que esteja impossibilitado não pode ser substituído (só o GR por lesão);
  • Mesmo que uma equipa esteja reduzida a menos de sete jogadores, os penáltis prosseguem (em tese, podia ser um único jogador a marcar e defender). O jogo nunca é interrompido até ser definido o vencedor.
E está tudo dito sobre a Lei 10.

Leiam e preparem-se: para a semana, falaremos de uma das mais dúbias e difíceis regras do manual: o fora de jogo.

Apertem os cintos. Boa semana.

Se quiser ler sobre as outras leis poderá fazê-lo aqui:


Fonte: Expresso


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